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Federação dos Petroleiros diz que preço dos combustíveis vai cair com o fim do PPI

Petrobras vai disputar o mercado da Bahia com a Acelen, utilizando produção das refinarias de Pernambuco e Minas Gerais

O fim da utilização do Preço de Paridade de Importação (PPI) como principal mecanismo da política de preços de combustíveis da Petrobras, anunciado nesta terça-feira (16) pelo presidente da empresa Jean Paul Prates, “deve ser comemorado pela população brasileira como o fim de um pesadelo”.

Esta é a avaliação do coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP) Deyvid Bacelar. Segundo ele, desde outubro de 2016 a FUP vem defendendo o fim do PPI, por isso festeja o fato de que Lula vai “abrasileirar o preço dos combustíveis, abaixando o preço da gasolina e do gás de cozinha”.

O gás, segundo Bacelar, custava em média R$55,35 até um dia antes da implantação do PPI. O litro da gasolina custava R$3,65; o diesel custava R$3 reais.

Durante a vigência do PPI, de 15 de outubro de 2016 até esta terça-feira (16), o preço do botijão de gás de cozinha de 13 quilos (GLP) variou 223,8%, registrando 34 altas e 14 baixas. Enquanto isso, o barril do petróleo (em R$) subiu 61,9% no período e a inflação medida pelo IPCA/IBGE acumulou 36,6%.

Ainda no mesmo período, a gasolina variou 112,7%, e o diesel, 121,5%, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese/subseção FUP), com base em dados da Petrobras.

Antes da existência do PPI, entre janeiro de 2003 e 14 de outubro de 2016, o preço do GLP acumulou alta de 15,5%, com dois reajustes em 13 anos período no qual o barril do petróleo no mercado internacional, também convertido em Reais (R$), variou 95,2%. Hoje, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o gás está custando R$ 108,13, a gasolina R$ 5,52 e o diesel, R$ 5,65.

Parque de refino

Bacelar lembra que foram frequentes os aumentos nos combustíveis a partir da política implementada por Temer e aprofundada pelo governo Bolsonaro.

“Um contrassenso, uma vez que o Brasil é autossuficiente na produção de petróleo, além de ter um grande parque de refino”, destaca.

“Com o fim do PPI, o brasileiro deixará de pagar pelos combustíveis como se fossem importados. A Petrobras não vai mais considerar apenas a cotação do petróleo e do dólar nem tampouco os custos de importação, passando a considerar principalmente os custos nacionais de produção de petróleo e de refino desse petróleo. Mais de 90% do petróleo nacional é produzido internamente, principalmente no Pré-Sal”, diz Bacelar

Ele acrescenta ainda que o alto custo dos combustíveis, hoje, é culpa da gestão anterior da Petrobrás, que, numa tentativa de se livrar de sua responsabilidade pela escalada absurda dos preços da gasolina, do óleo diesel e do gás de cozinha no país, tentou jogar o problema para os agentes da cadeia produtiva, especialmente os impostos estaduais.

“Mas o ICMS não registra aumentos significativos nos últimos anos”, explica. “Em meio à alta da gasolina, a empresa chegou a divulgar propaganda mentirosa dizendo que recebia em média R$ 2 a cada litro de gasolina. Mas uma ação civil pública movida por onze estados e o Distrito Federal obrigou a Petrobrás a suspender a publicidade enganosa”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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