O ex-prefeito cassado, Jeferson Andrade, juntamente com a ex-secretária de Saúde de Madre de Deus, são alvos de uma investigação conduzida pelo Ministério Público Federal e Estadual. O foco da investigação está na contratação do Instituto de Gestão, Saúde e Tecnologia (IGST) e nos possíveis prejuízos causados ao erário municipal.
Os contratos celebrados entre Jeferson Andrade, Naiara Cardoso e o IGST, uma entidade que teve origem como centro espírita, levantam suspeitas. O instituto, que inicialmente se dedicava ao tratamento de usuários de drogas, direcionou suas atividades exclusivamente para a área de saúde no município de Madre de Deus. Ao todo, foram firmados três contratos (022/2019, 091/2019 e 209/2019), totalizando o montante de R$ 25.196.600,39.
Os contratos, com vigência de 26/01/2019 a 30/05/2020, representaram um período de gestão de 1 ano, 4 meses e 4 dias. Durante esse tempo, o IGST recebeu a expressiva quantia de R$ 22.911.851,20, equivalente a 90,93% do valor total. As informações são do site Bahia Notícia.
Apesar de receber quase a totalidade do contrato, o município enfrentou sérios danos, incluindo calotes em diversas empresas e ações de cobrança. Os funcionários do IGST também foram prejudicados, não recebendo suas rescisões trabalhistas. Os débitos deixados por Jeferson Andrade e Naiara Cardoso estão sendo pagos gradativamente pela atual gestão de Dailton Filho.
O Ministério Público Estadual, por meio do Inquérito Civil nº 003.9.168423/2020, investiga diversas irregularidades, desde fraude à licitação até falsificação de documentos e apresentação de contratos fictícios. O ex-prefeito cassado e sua esposa terão que prestar esclarecimentos, pois o inquérito civil está em fase final de apuração, com um desfecho iminente.
Além da esfera cível, o Ministério Público apura possíveis crimes de improbidade administrativa na esfera criminal, bem como no Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia. O Ministério Público Federal também investiga a denúncia simultaneamente.
Atualmente, Jeferson Andrade é o presidente do partido União Brasil em Madre de Deus, e que se aliou nos últimos anos ao bolsonarismo. Sua nomeação para a presidência da sigla gerou revolta dentro do próprio grupo, levantando questionamentos sobre a adesão ao partido.
A inexigibilidade de Jeferson também preocupa o grupo, enfraquecendo sua capacidade de transferir votos e causando divisões internas. Com inúmeros processos e denúncias em andamento, tanto no Ministério Público Estadual quanto Federal, Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia e órgãos policiais, Jeferson Andrade enfrenta um futuro incerto
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