O ex-governador do Paraná Beto Richa, atual candidato ao Senado pelo PSDB, foi preso pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do estado na manhã desta terça-feira (11). Os motivos da prisão não foram divulgados.
Outras 15 pessoas são alvo da operação. Já foram presos a mulher dele, Fernanda Richa, Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete.
Na mesma manhã, a Polícia Federal deflagrou a 53ª fase da Operação Lava Jato. Com o nome de Operação Piloto, a nova fase mira pagamentos milionários em obras da rodovia estadual PR-323.
Segundo a Polícia Federal, agentes públicos do Paraná receberam em 2014 vantagens indevidas pagas pelo setor de operações estruturadas do Grupo Odebrecht em troca do direcionamento da licitação da para obras de duplicação, manutenção e operação da rodovia estadual PR-323.
Em Salvador
O empresário José Maria Ribas Muller, ligado ao ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), foi alvo de mandado de busca e apreensão da Operação Piloto, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (11), em Salvador e Curitiba.
A PF esteve em seu apartamento no Edifício Victoria Tower, no Corredor da Vitória, em Salvador, em uma casa dele Praia do Forte e na sua residência em Curitiba, conforme informações do Correio da Bahia.
Documentos e computadores foram levados para a sede da PF em Salvador no Comércio. A ação faz parte da operação Lava Jato que teve atuações na Bahia, São Paulo e Paraná.
O objetivo é investigar o envolvimento de funcionários públicos e empresários com a empreiteira Odebrecht no favorecimento de licitação para obras na rodovia estadual PR-323.
Zé Maria é fundador da Tucumann, empresa que atua nas áreas de construção civil de grande porte, terraplanagem, drenagem, pavimentação, saneamento básico e projetos de engenharia, que hoje é associada a um grupo de empresas brasileiras e argentinas e participou da licitação do Programa de Concessão de Rodovias do Estado do Paraná: Anel de Integração.
Caso Banestado – Em 2009, a 2.ª Vara Criminal Federal condenou Zé Maria, mais os empresários Sergio Fontoura Marder e Maria Cristina Ibraim Jabur, acusados pelo Ministério Público Federal de participação em crime de gestão fraudulenta e corrupção.
Eles foram denunciados pelo envolvimento na obtenção de empréstimos irregulares junto ao extinto Banestado, no valor de US$ 3,5 milhões. Para Zé Maria, que também foi denunciado por crime de evasão de divisas, a pena foi de oito anos e oito meses de prisão.
Os demais foram sentenciados a sete anos e quatro meses de reclusão. Os empresários recorreram da sentença em liberdade. Na sentença, o juiz Sérgio Moro citou que os empresários foram beneficiados por empréstimos concedidos pela agência do Banestado, na Ilha de Grand Cayman, no Caribe.
E concluiu que as empresas Tucumann Engenharia e Empreendimentos Ltda., Redram Construtora de Obras Ltda. e Jabur Toyopar Importação e Comércio de Veículos Ltda. obtiveram os empréstimos em troca de doações a campanha eleitoral do ex-governador Jaime Lerner, em 98, quando ele foi reeleito para o cargo. A Tucumann e a Redram contribuíram com US$ 200 mil e a Jabur com US$ 131 mil.
Bocão News
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