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Ex-cantor da banda baiana New Hit volta a ser preso por estupro 12 anos após o crime; relembre caso

Dudu Martins e outros integrantes da banda foram condenados por estupro coletivo em 2012. Crime aconteceu no interior da Bahia e vítimas eram fãs de 16 anos.

O ex-cantor da banda baiana de pagode New Hit, Eduardo Martins Daltro de Castro Sobrinho, conhecido como Dudu Martins, foi preso na segunda-feira (2), no aeroporto de Salvador. O músico foi condenado a 10 anos de prisão pelo crime de estupro coletivo contra duas fãs, cometido em 2012. Nos últimos seis anos, ele aguardava os recursos do processo em liberdade.

Segundo o advogado do réu, Victor Valente, nos últimos dias os recursos foram esgotados e por isso o mandado de prisão foi cumprido 12 anos após o crime. Dudu Martins estava trabalhando como backing vocal do cantor de pagode Igor Kannário, e voltava de um show quando teve o mandado cumprido.

Em 27 de outubro de 2012, dez integrantes da banda foram detidos na cidade de Ruy Barbosa, a 300 km de Salvador, depois de terem sido denunciados por estupro contra duas fãs de 16 anos. O abuso ocorreu dentro do ônibus da banda, após show realizado em uma micareta na cidade. [Relembre caso ao final da matéria]

O grupo foi condenado a 11 anos e oito meses de prisão em 2015, entrou com recurso e aguardou o novo julgamento em liberdade. Em 2017, dois investigados foram absolvidos e oito foram condenados a 10 anos e oito meses de prisão, entre eles Dudu Martins.

Os oito ex-integrantes da New Hit foram presos ainda em 2017, mas depois foram liberados em 2018, um dia antes do Dia da Mulher. Eles foram beneficiados por um habeas corpus coletivo e passaram a responder em liberdade.

O advogado Victor Valente detalhou que entre 2018 e 2024 o ex-vocalista da New Hit respondeu pelo processo em liberdade. No entanto, neste ano se esgotaram os recursos e o nome dele foi para o Banco Nacional de Mandados de Prisão. O ex-vocalista tinha conhecimento que poderia ser preso a qualquer momento.

A expectativa é que nos próximos dias o mesmo aconteça com os outros integrantes da banda que foram condenados e aguardavam os últimos recursos em liberdade.

g1 também entrou em contato com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) para apurar as movimentações judiciais que aconteceram entre 2018 e 2024, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.