O ex-assessor parlamentar do deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB) e do seu irmão e ex-ministro Geddel, Job Ribeiro, alegou durante depoimento para a Polícia Federal que tinha um acordo para devolver 80% do seu salário em dinheiro vivo para os peemedebistas.
O repasse, que totalizava cerca de R$ 8 mil mensais, era entregue pelo próprio Job e indica um desvio dos recursos públicos usados para pagar o salário do assessor. As informações são da revista Época.
Job foi preso em regime domiciliar após ter suas digitais encontradas em parte do dinheiro apreendido em um apartamento em Salvador ligado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima.
A acusação do ex-assessor foi feita com base na alegação de que Job não teria o dinheiro necessário para o pagamento da fiança estipulada, R$ 93,7 mil, já que o salário real seria muito menor do que os R$ 14,3 mil brutos que constam no site da Câmara dos Deputados.
Job afirmou também que, quando passou a cuidar do pai dos peemedebistas, Afrísio Vieira Lima, teve um aumento de remuneração por conta da função extra. “Quando o pai do deputado adoeceu, em 2015, passou a devolver 70%, porque, além de suas tarefas habituais, passou a ajudá-lo nos cuidados com a saúde”, afirmou, na petição assinada pelos advogados Marcelo Ferreira e Felipe Dalleprane.
O ministro do STF, Edson Fachin, já havia reduzido a fiança estipulada para Job de 100 salários mínimos para 50 salários mínimos (aproximadamente R$ 46 mil). Ainda assim, a defesa o ex-assessor alega que ele não tem condições de pagar.
“É exatamente por essas razões que o investigado não acumulou patrimônio, daí porque não procede a assertiva da PGR no sentido de sugerir ‘a probabilidade de que Job Ribeiro Brandão oculte patrimônio pessoal dos órgãos oficiais’ (fls. 1.429-1.434). Ao contrário, sua situação financeira é muito precária, ao ponto de estar efetivamente sujeito à prisão preventiva, porque, qualquer que seja a decisão de vossa excelência, não terá condições de pagar qualquer fiança”, afirmou a defesa.
A defesa de Lúcio Vieira Lima e de Geddel ainda não se pronunciou sobre a denúncia.
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