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Estudo aponta que alcoolismo compromete o cérebro

 

Pessoas alcoólatras tendem a comprometer o cérebro, mesmo que não ocasionem a embriaguez. Dados de um estudo liderado pelo Sistema de Saúde para Veteranos do Exército de San Diego, nos Estados Unidos, revelam que embora não percebam, os consumidores de álcool reduzem a velocidade das habilidades motoras, memória de curto prazo e processamento complexo demonstrando menor autopercepção de danos do que os que não bebem.

O neurologista Antônio de Souza Andrade Filho explicou que pessoas com embriaguez aguda desidratam o cérebro podendo causar um edema.  “Ingerindo álcool a pessoa vai mudando de comportamento, fica eufórico e depois sonolento podendo levar até um estado de coma”, observou, esclarecendo que, pode ter ainda desorientação mental ou quadro de confusão mental.

Ele observou que, aquele indivíduo que usa cronicamente o álcool, além das repercussões em todos os organismos, afeta diretamente o cérebro. “Porque toda vez que o álcool age sobre a química cerebral traz consequências em grau de atrofia de estrutura cerebral”, explicou. Segundo o especialista, os consumidores de bebidas alcóolicas podem ter demência alcóolica.

De acordo Antônio de Souza Andrade Filho, o alcoolismo no Brasil é um problema de saúde pública que deve ser solucionado o quanto antes. “Cada dia mais pessoas são dependentes dessa droga que destrói a sociedade de maneira assustadora. É preciso que o Poder Público tome medidas para promover políticas públicas para acabar com a dependência do álcool que tanto prejudica a população”, afirmou.

Uma série de fatores podem influenciar o como e o quanto o álcool afeta o cérebro, como a quantidade e frequência de consumo de álcool, idade de início e o tempo de consumo de álcool, idade do indivíduo, nível de educação, gênero sexual, aspectos genéticos e histórico familiar de alcoolismo, risco existente de exposição pré-natal ao álcool e condições gerais de saúde do indivíduo.

Por isso, segundo o neurologista, o álcool pode produzir danos após apenas algumas doses. “Independente da quantidade de bebida alcoólica ingerida o indivíduo deve estar atentos aos danos causados que este álcool pode causar ao cérebro. No entanto, altas quantidades de álcool, podem produzir danos graves a saúde”, ressaltou.

O estudo sugere que as mulheres são mais susceptíveis do que os homens para vivenciar os efeitos adversos sob mesmas doses de álcool. “Essa diferença se dá por conta do diferente metabolismo entre homens e mulheres”, explicou o neurologista, destacando que, o consumo regular do álcool leva a perdas de memória, que vão se aprofundando cada vez mais.