É o que mostram os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgados nesta terça-feira (7/11) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviço e Turismo (CNC).
Segundo o levantamento, a parcela de famílias brasileiras endividadas recuou de 77,4%, em setembro, para 76,9%, em outubro. Entre as dívidas a vencer mencionadas pelos entrevistados, estavam cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa.
“No cenário econômico em evolução, o controle da inflação e o mercado de trabalho favorável têm melhorado a renda das famílias brasileiras, levando menos consumidores a buscarem o crédito”, diz o presidente da CNC, José Roberto Tadros. “No entanto, a gestão eficaz das dívidas e a redução da inadimplência continuam sendo desafios importantes a serem enfrentados no futuro próximo.”
A pesquisa mostra que o risco de inadimplência diminuiu e menos pessoas atrasaram o pagamento de suas dívidas: 29,7% das famílias, ante 30,2% em setembro e 30,3% em outubro do ano passado.
No entanto, entre as famílias que têm renda média entre cinco e 10 salários mínimos, o total de inadimplentes cresceu.
“As condições de consumo estão mais favoráveis, com a inflação mais baixa, mercado de trabalho formal absorvendo trabalhadores de menor instrução e juros em processo de queda. Esses fatores estão ajudando a melhorar as condições financeiras dos lares, reduzindo a necessidade de recorrer ao crédito”, afirma a economista da CNC Izis Ferreira.
Metrópoles
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