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Em reunião com senadores, Weintraub diz que Enem não foi feito para corrigir injustiças

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) não será adiado e que não foi feito para corrigir injustiças. A declaração foi dada nesta terça-feira (5) em reunião virtual com senadores.
Congressistas têm defendido o adiamento das provas desde o início do isolamento social e do cancelamento de aulas por causa da pandemia do novo coronavírus. A falta de acesso à internet a todos os estudantes que estão sem aulas presenciais, que tende a prejudicar mais os alunos da rede pública, é um dos principais argumentos usados por senadores. Segundo eles, o ministro se mostrou indiferente à questão.

sobre as declarações do ministro, o MEC (Ministério da Educação) informou que não vai se manifestar a respeito.

“A maioria dos senadores defende que o Enem seja adiado, mas o ministro acha que não deveria ocorrer. Ele não considerou nem o fato de que parte dos jovens não tem acesso à internet”, disse o líder do PSD, Otto Alencar (BA).

“Ele disse que sabe que existem injustiças, mas que Enem não foi feito para corrigir injustiças, mas para selecionar”, afirmou o senador.
De acordo com Alencar, o ministro afirmou que nem todas os estudantes que realizam as provas têm as mesmas chances e que isso não justificaria um adiamento.

“O ministro chegou a dizer que existem pessoas que são mais inteligentes e outras que têm pouca inteligência. Achei tão absurdo quando ele falou isso que tive vontade de sair da reunião. É muito absurdo ouvir isso”, disse.

Folha de SP