A Eletrobras anunciou que realizará o Segundo Plano de Demissão Consensual 2019 (PDC), com meta de desligamento de 1.681 empregados até 31 de dezembro deste ano, como parte dos esforços de reduzir custos com funcionários que podem chegar a R$ 510 milhões ao ano.
O plano, uma das iniciativas previstas no “Desafio 23: Excelência Sustentável” da empresa, que o governo quer privatizar, foi divulgado após celebração do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que teve mediação do Tribunal Superior do Trabalho. No mês passado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que, sem privatização, a Eletrobras irá desaparecer e “e a luz vai apagar” .
Segundo a empresa, ficou acordado que a Eletrobras ofereça programa de desligamento voluntário para atingir um quadro de 12.500 empregados efetivos, a partir de janeiro de 2020, e de 12.088, a partir de maio de 2020.
A Eletrobrás destacou que, após estas datas, “por iniciativa da empresa, ficam autorizados os desligamentos necessários para alcance dos quantitativos estabelecidos pelo TST”.
A economia estimada neste novo plano de desligamentos é de R$ 510 milhões/ano, a um custo de cerca de R$ 548 milhões, o que representa um payback de 12,9 meses.
“A iniciativa em referência é muito importante para adequação dos custos de nossas empresas aos custos de uma empresa de referência do setor elétrico”, disse a empresa, sem dar mais detalhes.
Plano de demissão de Furnas
A Reuters informou na quinta-feira, com base em um documento da empresa, a abertura de um plano demissão consensual em Furnas.
Pelo documento sobre Furnas, a companhia oferecerá indenização aos que aderirem ao PDC, incluindo 40% do saldo para fins rescisórios do FGTS e aviso prévio. O documento visto pela Reuters aponta que o incentivo indenizatório deverá variar de mínimo de R$ 75 mil até máximo de R$ 700 mil.
No fim de setembro, em meio à discussão sobre o processo de privatização do sistema Eletrobras , a subsidiária da estatal Furnas Centrais Elétricas apresentou um plano para a demissão dos 1.041 funcionários contratados ou terceirizados que atuam na companhia. Muitos estão na empresa desde a década passada.
A Petrobras também anunciou um programa de demissão voluntária , o terceiro do ano. Desta vez, o foco serão os funcionários administrativos.
O Globo
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