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Efeito coronavírus: Bolsas voltam a registrar forte queda na Europa e na Ásia

LONDRES e XANGAI – As bolsas europeias e na Ásia voltaram a registrar forte queda nesta quarta-feira, diante de novos casos de infecção pelo novo coronavírus, o Covid-19, na Europa,  uma vez que a disseminação do coronavírus aprofundava os temores sobre seu impacto no crescimento global, com importantes empresas soando o alarme em relação a seus resultados.

A Ásia informou centenas de novos casos de coronavírus, incluindo o primeiro soldado norte-americano a ser infectado, no momento em que os Estados Unidos alertam para uma inevitável pandemia e surtos na Itália e Irã se espalham para outros países.

Na Europa, as bolsas de valores chegaram a cair quase 3%, levando o índice regional de referência Stoxx 600 ao seu nível mais baixo desde dezembro. O índice perdeu mais de 9% de seu valor nas últimas quatro seções.

A queda dos índices europeus ocorreu depois que as ações de Wall Street despencaram na terça-feira com uma liquidação acelerada depois que os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA alertaram que era provável que o surto evoluísse para uma pandemia que poderia causar perturbações “graves” à vida cotidiana nos EUA.

O índice Dow Jones fechou com recuo de 3,15%, acumulando queda de quase 7% só esta semana. O S&P 500 cai 3,03% enquanto o índice Nasdaq Composite, o principal da Bolsa voltada para empresas de tecnologia, perde 2,77%.

Na China, embora as bolsas tenham fechado em baixa, as perdas foram limitadas já que o número de novas infecções diminuíram no país e os investidores esperam mais estímulo de Pequim para sustentar a economia doméstica.

No Brasil, a Bolsa não funcionou na terça-feira devido ao feriado de carnaval, mas os papéis de empresas brasileiras negociadas no exterior vêm sofrendo desde segunda-feira com a tensão elevada no mercado internacional. Um indicativo de como os negócios serão retomados na Bolsa de São Paulo, a B3, nesta quarta-feira. O pregão vai abrir às 13h.

Desempenho na Europa

Às 7h33min (horário de Brasília), o índice FTSEEurofirst 300 apresentava queda de 1,19%, a 1.557 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdia 1,31%, a 399 pontos, depois de chegar a cair 2,6% mais cedo. O índice registra sua primeira série de cinco dias de perdas desde julho.

As ações de viagens, serviços financeiros, química e tecnologia estão entre as mais afetadas, recuando entre 3% e 4%.

As perdas seguem-se às quedas em Wall Street e na Ásia depois que autoridades de saúde dos Estados Unidos alertaram que os americanos devem se preparar para uma possível propagação do vírus, que já chegou à Espanha e a dezenas de países.

 

As ações da  fabricante de bebidas britânica Diageo caíam 3% depois de estimar um impacto de até 200 milhões de libras (US$ 260 milhões no lucro do ano fiscal 2020 devido à epidemia. As rivais Remy Cointreau SA e Pernod Ricard registravam perdas de 4,2% e 2,2%, respectivamente.

Em Londres , o índice Financial Times recuava 0,77%, enquanto que o Dax, da Bolsa de Frankfurt, apresentava queda de 1,51%. Na França, país que faz fronteira com o norte da Itália,  o  índice CAC-40 da Bolsa de Paris perdia 1,02%, e, em Milão, epicentro das mortes por coronavírus em território italiano, o índice Ftse/Mib tinha desvalorização de 0,02%. Em Madri, o Ibex-35 registrava baixa de 0,96%.

Bolsas asiáticas

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com queda de 1,23%, enquanto o índice de Xangai caiu  0,83%, após fortes perdas em Wall Street na terça-feira.

 

Existem expectativas de que o governo chinês irá adotar mais medidas para impulsionar a economia, incluindo suporte para os setores imobiliário e de infraestrutura, disse Luo Kun, analista do Fortune Securities.

Autoridades da China implementaram uma série de medidas para sustentar a economia abalada pelo coronavírus, e que deve ter um impacto devastador sobre o crescimento do primeiro trimestre.

Em Tóquio, o Índice Nikkei recuou 0,79%, fechando a 22.426 pontos.  Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,73%, enquanyto que o índice Kospi, a Bolsa de Seul, teve desvalorização de 1,28%.  Em Taiwan, o índice TAIEX registrou baixa de 0,92%, e, em Cingapuram, o Straits Times desvalorizou-se 1,29%.

 

O Globo