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Deputado Robinson propõe criação de sistema nacional de segurança pública: “fortalecer o combate à violência e ao crime organizado nos estados”

Medida deve está alinhada à políticas sociais, acrescentou o petista

O líder da Federação PT, PV e PC do B na Assembleia Legislativa, deputado Robinson Almeida, defendeu, em pronunciamento na sessão plenária desta quarta-feira (26), uma política nacional de segurança pública que unifique as ações das polícias, fortaleça o trabalho operacional, de inteligência e também de prevenção como forma de endurecer o enfrentamento à violência e o combate ao crime organizado nos estados. O petista avaliou que o crescimento da violência urbana nos estados brasileiros está conectado com o tráfico internacional de drogas e a profunda desigualdade socioeconômica do Brasil, por isso, em sua opinião, há necessidade de um novo pacto federativo e de financiamento da segurança pública, redefinindo as atribuições dos estados, municípios e da União, mas também garantindo políticas de inclusão social.

“Se nós não redefinirmos os papéis dos entes federados, da União, dos Estados e dos Municípios, não tem como resolver o problema na ponta. O Constituinte em 1988, quando redefiniu que era competência dos governos estaduais a política de segurança estava certo com um olhar para aquela época. Mas 35 anos depois aquele modelo não cabe mais”, refletiu.

“Hoje nós temos que redesenhar, construir um novo pacto e eu defendo um sistema único de segurança pública à semelhança do que fizemos com o sistema único de saúde. Para que os municípios cumpram seu papel na prevenção, para que os estados cumpram seu papel na repressão, para que o governo federal financie as políticas, treine os nossos homens, organize a inteligência, vigie as fronteiras para que o tráfico (de drogas e armas) não fique passeando pelo Brasil pelo ar e pela terra”, detalhou o parlamentar.

O petista também enfatizou que essa medida deve está alinhada com políticas sociais, esportivas e culturais, que promovam a inclusão social e oportunidades de trabalho para os jovens.

“Além dessas ações, que precisam ser redefinidas, faz-se necessário também um forte investimento na área social envolvendo todos os entes federados pra gente ter prevenção e nossos jovens ter oportunidades e não mais ser seduzidos pelo tráfico de drogas e pelo crime organizado”, enfatizou Robinson Almeida, que no governo Jaques Wagner coordenou o programa Pacto Pela Vida, responsável na época pela redução no número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs).

“A questão da segurança pública, todos aqui sabem, que é um problema nacional, e envolve o tráfico internacional de drogas. O Brasil não planta um pé de coca mas é um dos maiores consumidores do mundo de cocaína. E é o tráfico dos derivados da coca, a cocaína, especialmente o crack, que contribui para escalada dessa violência urbana nas cidades brasileiras”, opinou o legislador.