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Debate ao governo tem poucos confrontos

 

Rui Costa (PT), José Ronaldo (DEM), João Henrique (PRTB), Marcos Mendes (Psol), Célia Sacramento (Rede) e João Santana (MDB), candidatos ao governo do estado da Bahia protagonizaram um morno debate na noite da quinta-feira, 20, promovido pela TVE. Com poucas explicações das suas propostas de governo, sem especificações quanto a aplicabilidade de propostas, os candidatos fizeram referências por diversas vezes aos seus respectivos candidatos à Presidência.

João Santana (MDB) foi o primeiro candidato a responder perguntas da produção, quando jornalistas da TVE e rádio educadora colocaram o tema Saúde em pauta. “Vou tentar fazer uma junta para acabar com os roubos na saúde”, disse o emedebista ao afirmar haver muita “safadeza” na área. João Henrique (PRTB), respondeu sobre a agricultura familiar e relembrou as barragens construídas por seu pai, João Durval. “Não pensam em acabar com a seca como meu pai fez”, orgulhou-se.

Célia Sacramento (Rede) ressaltou ser a única candidata mulher e negra. “A atual gestão tem uma chapa de pessoas brancas, sem compromisso com a questão racial”, disse, ao defender políticas de combate a discriminação racial. José Ronaldo (DEM) foi questionado sobre estradas e mobilidade urbana: “As duas piores estradas do país estão na Bahia e acabaram com o Derba”.

Respondendo sobre emprego e trabalho, Rui Costa (PT) apontou o governo federal como responsável pelo desemprego no estado. “O que fizeram com o Brasil retirando a presidente Dilma, colocou o País na maior crise dos últimos 70 anos”. Marcos Mendes respondeu na sequência sobre cultura dizendo que “em 4 anos de governo, tivemos apenas um edital”, e defendeu ainda investimento de 1,5% para a área.

No segundo bloco, os candidatos responderam perguntas de populares e personalidades por meio de vídeo. Rui Costa respondeu pergunta de Daniela Mercury sobre políticas de investimentos na educação e cultura. “Educação é o que transforma a vida do ser humano”, disse, logo após defendeu programas como “Partiu Estágio” e ampliação dos cursos técnicos profissionalizantes em todos os municípios, enquanto João Santana rebateu. “Lamentavelmente você falou da educação e seu governo vai muito mal, somos o último lugar no Brasil segundo o Ideb, o analfabetismo e evasão escolar cresceram… você cortou 40% do orçamento, me perdoe, mas não acredito”, disse.

Questionada sobre propostas para a área da Educação, Célia Sacramento reforçou a necessidade de escolas em tempo integral. “Vamos usar o modelo Anísio Teixeira… Com Marina Silva, vamos aumentar os recursos para educação”. Para José Ronaldo o problema é falta de gestão e não de recursos. “O governador fala como se não fosse o atual governador. Teve quatro anos e nada fez, apenas promessas”. Sobre a questão da segurança pública, o candidato do DEM disse que a Bahia é recordista em números de mortes violentas. “O governador não assume o ônus. Defendeu investimentos em educação e condições de trabalho para a polícia, e gastou R$ 200 milhões em propaganda”.

Os maiores embates aconteceram no terceiro bloco, quando as perguntas foram realizadas entre os próprios candidatos. João Henrique disse que acentuará o trabalho para valorização das mulheres, sem indicações políticas, com mulheres conceituadas e envolvidas na causa feminista, no que Marcos Mendes retrucou dizendo: “tomara que o candidato de Bolsonaro não vá incentivar o estupro, pois é na escola que se aprende a respeitar a mulheres e as diferenças”.

Em seguida, Rui Costa apontou investimentos na área de transportes. “Investimos no metrô, faremos o VLT Subúbio, pontes que ligam cidades no interior, e projetos do novo aeroporto em Vitória da Conquista e Guanambi”. João Santana ironizou: “Você é uma pessoa fantástica… você tira leite de pedra”.

João Santana perguntou ao petista: “pesa sobre seus ombros o fato de ser considerado o pior de todos os governadores para o servidor público. Gostaria que me dissesse algo em torno disso”. Rui Costa afirmou tirar leite de pedra por pagar os servidores em dia, e agradeceu o “elogio” de João Santana.

Marcos Mendes acusou José Ronaldo de fazer parte do grupo “que deu um grande golpe nesse país, se unindo a Temer e Geddel”, e prometeu colaborar com a revogação de medidas relacionadas aos trabalhadores. José Ronaldo negou. “Eu não votei em nada disso, nunca os defendi, tenho uma vida próxima ao trabalhador, pois sou um”.

Ao longo do debate, José Ronaldo e João Santana foram os principais críticos do governador Rui Costa, aproveitando seus tempos para formulação de perguntas e respostas para ataques pontuais ao governador.

 

 

 

 

A Tarde