A previsão de mais chuvas fortes, adicionado aos recentes vexames vividos pelo Vitória na Série A, devem reduzir consideravelmente o número de torcedores no Barradão, onde o Leão encara o Grêmio nesta quarta (19). Estes poucos rubro-negros, no entanto, podem ser o diferencial para surpreender os gaúchos.
O torcedores que conseguirem a façanha de chegar ao Barradão, vencendo o caótico trânsito de Salvador, terão a chance de escolher entre vaiar, jogadores que todos já não colocamos fé; apoiar, apesar de não concordar e não se sentir representado em campo; ou ainda, a escolha que tem sido a mais recorrente no santuário do Leão: a indiferença.
Esperando uma motivação vinda de um ataque da equipe comandada por Gallo, as arquibancadas do Barradão, neste Brasileirão, ficam caladas a maior parte dos 90 minutos a cada jogo em casa do Vitória. Sentindo a falta de confiança do próprio time, os adeptos acabam acuados, em sua própria casa.
Em momento que um time já é de segunda divisão mesmo estando na Série A, como é o caso do Vitória, ainda é possível evitar a queda. O único fio de esperança é uma união, ainda que improvável.
Exemplos de outros grandes que caíram, tendo a mesma trajetória que o Vitória mostra neste momento, são inúmeros. A mais recente, a queda do Internacional em 2016, com o Colorado ainda tentando se estabilizar na segundona.
Por outro lado, exemplos de grandes que conseguiram se salvar também estão aí para serem seguidos. O arquirrival do rubro-negro, por exemplo, se segurou na Série A apesar do clube passar por intervenção que resultou em troca de presidente há poucos anos.
Parece injusto colocar este tipo de peso na torcida, uma torcida que já enfrenta tanto apenas para chegar na arquibancada. Mas é verdade, um grande clube às vezes precisa que a motivação venha de fora, das arquibancadas. Um apoio inesperado. Assim é o futebol.
Para infelicidade, principalmente desses rubro-negros que enfrentarão muito mais que chuva nesta noite de quarta-feira, o poder maior para que o Vitória consiga se salvar está nas mãos de homens que pouco atuam, que pouco fazem a diferença no maior produto do clube: o futebol, onde o Leão fará sem dúvida mais uma partida sofrida na Série A.
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