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Coronavírus: Pesquisa mostra vulnerabilidade das periferias

Neste período de chuvas em Salvador e RMS, ficar em casa e se proteger do novo coronavírus é uma missão impossível para o reciclador Daniel dos Santos, 35, morador de Nova Constituinte, bairro periférico da região do subúrbio ferroviário de Salvador. Quando chove, mesmo que por um curto período, a falta de saneamento básico adequado da rua Beira Rio, onde reside, faz a água invadir a casa.
A preocupação do reciclador está maior com a recente confirmação de três casos de Covid-19 na comunidade, divulgados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Salvador. A exemplo da realidade de Daniel, os bairros periféricos de Salvador, habita – dos por milhares de moradores que estão em situação de pobreza, têm maior risco de rápida proliferação do coronavírus, segundo pesquisa do grupo GeoCombate Covid-19 BA, coordenado pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Ainda pelo estudo, oito localidades estão em condições críticas de contágio da doença e precisam de atenção especial do poder público. São elas: Nova Constituinte, Vila Canária, Boa Vista de São Caetano, Sussuarana, Santa Luzia, Tororó, Pirajá e Santa Cruz.
Juntos, os bairros somam 24 dos 1.131 casos da doença confirmados na cidade até o momento, segundo os dados da SMS do dia 24. “Com esse vírus solto por aí, o certo seria ficar dentro de casa. Mas como é que fica?”, questiona Daniel.

Indicadores de risco
A falta de saneamento básico vivida pelos moradores da Nova Constituinte é um dos critérios da pesquisa do GeoCombate. Para cada bairro, fora m analisados fatores socioeconômicos, como o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS), o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), as áreas com abastecimento de água e esgotamento sanitário inadequado. As informações foram cruzadas com dados sobre os casos de coronavírus na cidade, e o resultado foi a criação de um ranking de risco para cada indicador mencionado.

Informações: A Tarde