A cidade de Candeias tem como marca a religiosidade. Data de 1640 a construção da Capela que chamava de Capela Virgem Maria, construida pelos Jesuitas. Em 1894, a então capela passou a chamar-se Igreja de Nossa Senhora das candeias. No século XX, ocorreu um fato que modificaria o cenário da cidade na época. Acredita-se que a FÉ e religiosidade da cidade teve uma enorme crescente após um milagre. Relatam que uma criança cega, depois de banhar-se nas águas de uma fonte, próxima a Igreja, voltou a enxergar. Apartir daí a cidade nunca mais foi a mesma. O então Arraial de Nossa Senhora da Candeias começou a receber pessoas em romaria oriundas de várias partes da Bahia, até mesmo de outros Estados do Nordeste e muitos Romeiros passaram a residir em Candeias. A fonte transformou-se em um local de peregrinação, a população da cidade e os romeiros até hoje vão constantemente a chama Fonte do Milagres. Dessa forma a cidade começou a contruir seu comércio, com a venda de artigos religiosos e até mesmo a água da fonte. Os Romeiros até os dias atuais veem a cidade, lotando a Igreja geralmente aos domingos e anualmente, durante a Novena de Nossa Senhora das Candeias.
A capela de Candeias fazia parte da freguesia de Nossa Senhora da Encarnaçao de Passé. A pequena distancia da igreja, no sopé do monte, está a “fonte dos milagres”. Corre desde entao, entre o povo, esta piedosa lenda: Humilde ceguinha vinda do alto sertao acompanhada de seus pais e sob a inspiraçao da Virgem tivera ali uma visao da Mae de Deus, que lhe ordenara banhar-se naquela fonte, para recuperar a luz dos olhos. E aconteceu, exatamente como havia sido mandado. E o milagre se operou. A fama milagrosa de Nossa Senhora das Candeias espalhou-se daí por diante.
Antigamente, o transporte para Candeias era feito somente, em barcos ou em saveiros. Os que vinham do sertao faziam dezenas de léguas a cavalo ou a pé, enquanto outros se utilizavam de carros de bois. Apesar de dificuldades sem conta, as romarias eram constantes e numerosas.
Erguido no século XVI, à margem da Baía de Todos os Santos, em Caboto, o antigo Engenho Freguesia foi transformado em museu casa em 1971 devido ao seu valor histórico e a sua importância para a região do Recôncavo Baiano. Construído em terras doadas pelo então Governador-Geral do Brasil, Mem de Sá, o casarão foi alvo das invasões holandesas, em 1624, e vivenciou momentos de apogeu na produção de açúcar até a segunda metade do século XIX. Quando as leis abolicionistas passaram a vigorar no país, o engenho entrou em decadência e, em 1890, as moendas de cana-de-açúcar foram desativadas.
Seu conjunto arquitetônico inclui casa-grande com 55 cômodos, fábrica e capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição da Freguesia. O acervo é composto das seguintes coleções: imaginária, mobiliário, paramentos, indumentária, desenho, pintura, cerâmica e fotografia, além de peças de tecnologia rural e industrial e instrumentos de suplício. Atualmente, devido à realização de obras para recuperação física do seu conjunto arquitetônico, o Museu do Recôncavo Wanderley Pinho está fechado para visitação.
O Engenho Frequesia e o seu entorno é um dos espaços da Secretaria de Cultura (SecultBA) com o nome Museu do Recôncavo Wanderley de Pinho. Trata-se de um dos principais símbolos arquitetônico-paisagísticos do Brasil colonial, por deter extensa área verde de mata, como a original, ter acesso marítimo típico da era colonial e conservar suas principais edificações.
O complexo do Wanderley fica em frente à Ilha de Maré, às margens da Baía, em Caboto, município de Candeias. A casa de quatro pisos que está implantada em uma encosta, possui esquadrias do século XVIII e grades do século XIX. No forro de um dos sótãos está o brasão do Conde de Passé. Cozinha coifas e chaminés de tipo português alentejano são outras características. A grande capela anexa possui medalhão de N. Sra. da Conceição e altar neoclássico.
Este é um dos raros exemplares conhecido no Brasil de edifício residencial desenvolvido em torno a dois pátios. Pelas vergas de arco abatido, a planta da capela com corredores laterais e tribunas o prédio data do século XVIII enquanto o pátio aparenta ser do século XVII, mas o engenho é do século XVI.
End.: Via Matoim – Enseada de Caboto, s/n, Candeias (BA).
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MuseuWanderley Pinho |
Uma das mais antigas igrejas baianas, a igreja de Nossa Senhora da Encarnação do Passé, destacando-se por representar o elo de transição entre as capelas rurais dos dois primeiros séculos e as igrejas do final do século XVII, constituindo-se em importante peça arquitetônica. Nas terras do Engenho Pitanga, que eram de propriedade dos Jesuítas, foi construída uma capela e um engenho, destruído pelos Holandeses em 1641. Em 1760, os Jesuítas foram expulsos do Brasil, e suas terras leiloadas e arrematadas pelo Coronel Jerônimo Queiroz. Nessas terras, nasceu o lugarejo próximo ao rio São Paulo, que passou a chamar-se Nossa Senhora das Candeias, nome pertencente a padroeira da pequena capela existente no local. Com a vitalidade da lavoura açucareira, aumentava o número de engenhos e de lugarejos nessas proximidades.
Apoio histórico : http://www.candeiasbahia.net/ , http://candeiasontemehoje.blogspot.com.br/, http://santuariodecandeias.com.br/
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