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Confrontado sobre temas polêmicos, Bolsonaro se esquiva de respostas em sabatina na Globo

O segundo candidato a ser sabatinado no Jornal Nacional (JN), na Rede Globo, foi Jair Bolsonaro, do PSL. Durante a entrevista, alguns questionamentos pontuais foram feitos ao candidato, que recuou. Logo em sua primeira fala, Bolsonaro mostrou seu cartão de visita. “Isso aqui tá parecendo uma plataforma de tiro de artilharia. Então, estou confortável”, disse ele, antes de ser sabatinado.

Ao ser questionado por William Bonner sobre o patrimônio de sua família – lembrando que os filhos de Bolsonaro também são políticos, o candidato afirmou que ninguém tem obrigação de votar nos seus primogênitos, e se defendeu dizendo que é honesto. “Quando se fala em política, fala-se em família envolvida com escândalos. Ser honesto é obrigação”, pontuou.

Renata Vasconcellos questionou ao presidenciável sobre “não abrir mão” do auxílio-moradia que recebe. “Vão me desqualificar como a pejotização entre jornalistas?”, retrucou, para depois completar: “Todo recurso que eu recebo em Brasília é para manter meu mandato, pra pagar o IPTU, condomínio”. Questionado sobre como será a economia em seu governo, caso eleito, Bolsonaro respondeu que isso ficará a cargo do seu ministro, o economista Paulo Guedes. “Tenho que confiar no Paulo Guedes como meu ministro da Fazenda, como outros ministros. Terei isenção para escolher meus ministros”, garantiu.

O candidato deu a entender que em algumas áreas de trabalho, homens recebam mais do que mulheres, e insinuou que o mesmo estaria ocorrendo bancada do JN. Nitidamente ofendida com a declaração, Vasconcellos rebateu e disse que “não aceitaria receber menos que um homem na mesma função”. Sobre as declarações dadas de mulheres deveriam receber menos que homens, o candidato não respondeu ao que foi perguntado. “Por que o Ministério Público do Trabalho não faz nada?”, perguntou. “O trabalhador terá que escolher entre mais direito e menos emprego. Ou menos direito e mais emprego”, esquivou Bolsonaro, referindo-se aos direitos trabalhistas dos brasileiros. Segundo ele, “não será responsabilidade do presidente tirar direitos dos trabalhadores, mas sim do Congresso”.

Em outro embate com os jornalistas, Bolsonaro precisou responder sobre seu voto contra a PEC das Domésticas. Ele justificou sua votação dizendo que “muitas mulheres perderam emprego justamente por esse direito”. Em mais um tema polêmico, oriundo de suas declarações, o presidenciável foi questionado sobre homofobia. Ao falar do tema, ele foi enfático em suas posições, mesmo tendo sido observado de que a homofobia é um problema no país. “Um pai não quer chegar em casa e encontrar um filho brincando com boneca por influência da escola”, explicou. “Estão ensinando em algumas escolas que homem e mulher tá errado”, completou.

Sobre o crime organizado, Bolsonaro reafirmou que “violência se combate com energia, inteligência e, se for o caso, mais violência ainda”. “Esse tipo de gente [criminoso] você não pode tratar como pessoa normal, vítima da sociedade… Nós temos que ir com tudo para cima deles, e permitir ao policial. Ele tem que ser condecorado e não processado”, explicou. Bonner destacou o fato de haver inocentes nas ruas. “Como acha que tem que tratar criminoso com fuzil? Dar florzinha nas mãos? Tem que atirar!”, detonou o candidato. O candidato disse que o próximo presidente precisa ser honesto e patriota. “Nos últimos 20 anos, 2 partidos mergulharam o País numa crise ética e moral. Precisamos eleger presidente honesto, patriota, com Deus no coração, que jogue pesado no tocante à insegurança”, finalizou.

Por fim, o candidato pelo PSL defendeu o golpe de 1964, o que chamou de “Revolução Democrática de 1964”, e lembrou que o mesmo foi defendido por Roberto Marinho e o Grupo Globo na época, fazendo com que, ao fim da edição do JN, fosse lida uma nota da emissora ratificando o editorial que realizou em 2013 declarando que “reconheceu que o apoio ao golpe foi um erro”.

Fonte:  Radar da  Bahia