Com um faturamento global de R$ 9,45 bilhões, o comércio baiano cresceu 1,7% em janeiro. O valor apurado é R$ 160 milhões maior do que o montante obtido em janeiro do ano passado, segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-BA), com base em dados primários do IBGE.
O setor de veículos, motos e peças puxou o desempenho deste primeiro mês de 2022, com alta anual de 56,9%. As farmácias e perfumarias também tiveram destaque em janeiro comavanço anual de 23,8%. O faturamento de R$ 1,2 bilhão é o maior para o mês da série histórica.
De acordo com o consultor econômico da federação, Guilherme Dietze, a base fraca e a demanda reprimida ajudam a compreender o resultado no setor de veículos, mas não são suficientes. “O principal aspecto é o aumento expressivo dos preços dos veículos, dada a sua escassez e o encarecimento nos custos produtivos”.
No caminho inverso, o destaque vai para três segmentos: eletroeletrônicos, móveis e decoração e materiais de construção – com quedas respectivas de 24,3%, 31,3% e 11,1%. Para o economista, “o desempenho ruim está relacionado ao crédito mais caro, uma vez que houve aumento da taxa básica de juros de 2% para 10,75% em apenas um ano”.
Já o setor supermercadista recuou 7,6% em janeiro na comparação anual. “A inflação geral acima de 10% tem impactado o bolso do consumidor que enfrenta desafios para manter a cesta neste setor essencial de consumo. Os preços dos alimentos estão tendo forte alta neste início de ano, e a opção é escolher marcas mais baratas, evitando prejuízo”, pontua Guilherme Dietze.
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