Prevendo dificuldades para garantir sua reeleição pela Assembleia Legislativa, o ex-prefeito de Ibititá, Cafu Barreto, decidiu migrar do PSD para a base de ACM Neto. O movimento, considerado estratégico, ocorre num momento em que vários deputados enfrentam desafios de penetração nos municípios — especialmente aqueles que, como Cafu, vieram de mandatos municipais e agora disputam espaço em um cenário estadual mais competitivo.
A avaliação nos bastidores é de que Cafu percebeu que o PSD não lhe ofereceria a segurança eleitoral desejada. Ao mesmo tempo, sua chegada à oposição não significa, necessariamente, um grande volume de votos, mas impõe à ala netista um custo político elevado. Na prática, Cafu se reposiciona para tentar assegurar sua própria sobrevivência eleitoral, enquanto aumenta a fatura da oposição para acomodar seu projeto.
O gesto embaralha ainda mais o tabuleiro oposicionista, que já lida com pressões internas, negociações delicadas e disputas por espaço nas chapas proporcionais. No jogo da AlBA, Cafu calculou bem: protege sua candidatura e, de quebra, pressiona a nova casa para valorizá-lo.



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