Por Gabrielly Marqueton, Vamos Descobrir- Salvador, Bahia.
30 de abril, 2023. 16h23
O tema da pauta foi: “Como o uso indevido de aparelhos eletrônicos podem afetar no rendimento escolar da criança.”
A docente relatou sobre o fato de que as crianças estarem cada vez mais dependentes dos aparelhos celulares e nos contou sobre a falta de atenção de muitos pais em relação ao tipo de conteúdo que os filhos tem acesso sem ter a supervisão desses responsáveis.
“Bom dia! causa impacto muitas vezes muito negativo e essa relação de celular funciona já pensasse assim não só agora mas, desde muito tempo eu creio que muito famílias por se sentirem sobrecarregadas elas se utilizam do aparelho celular como uma forma de descanso para elas. Muitos pais pensam da seguinte forma: O meu filho está muito inquieto e acabando com a minha paz, então eu vou entregar um celular para ele ficar lá quietinho enquanto eu vou ficar na minha paz. Não sabendo essas famílias, né? Essas pessoas, esses cuidadores que isso aí está prejudicando demais. Será que eles sabem o conteúdo que essas crianças estão assistindo, ter programas com quem estão falando então isso aí eles já trazem para escola também e torna muito difícil para nós, professores, lidar com essa situação devido aos próprios pais terem essa falta de limite e para a gente impor limite muitas vezes é difícil, porque próprio sistema diz que não podemos invadir a privacidade do aluno, a gente não pode olhar mochila, não pode tomar o celular e essa é uma ação que deve passar da família de não deixar a criança ir para escola com o aparelho.”
O Colégio Laurentino ensina crianças entre 6 a 10 anos, e a docente nos falou do perigo em deixar aparelhos celulares nas mão de crianças tão pequenas que muitas vezes não tem nenhuma supervisão por parte dos seus pais ou responsáveis.
“É muito preocupante ver que crianças tão novinhas já tenham esses aparelhos que podem ser muito perigosos se usado de forma incorreta. A gente aqui no Laurentino temos o trabalho e o cuidado de não permitir que eles utilizem no momento da aula. Mas nós também não podemos privar deles utilizar em momentos em que não estamos em aula, principalmente os maiores porque segundo as famílias alegam que é para ligar caso a mãe saia e tenha que avisar alguma coisa ou se caso eles sintam mal mas, a gente tem esse cuidado de não deixar que eles utilizem nas aulas e a gente faz um trabalho também voltado para a pesquisa, tá? Nós fazemos uma atividade em sala, com o uso desses aparelhos para que eles utilizem o celular para pesquisar, e dessa forma eles percebam a importância do uso do aparelho celular como ferramenta de aprendizagem e não simplesmente como lazer, como muitos fazem.”
Ela também falou sobre a importância da escola alertar os pais nas reuniões escolares sobre supervisionarem o acesso dos seus filhos e a seriedade de respeitar as diretrizes de restrições de idade.
“É o trabalho da escola, né? Essa preocupação de está sempre informando, chamando os pais para que eles venham perceber a importância deles ter o controle do tipo de centeúdo que essas crianças andam tendo acesso. A violência tá aí, e tanto a violência física, quanto a violência também verbal, que quando eles tem esse aparelho em mãos, acabam tendo acesso a tudo isso.É muita coisa que eles aprendem né? No uso desordenado do aparelho celular inclusive como teve reunião de pais aqui que foi informado isso e como eu também já havia falado os pais dizem que não pode permitir que as crianças venham sem o celular porque é um meio de se dar recado mas é necessário eles estarem de olho com quem os filhos estão falando, o que eles estão vendo, sem contar aqueles pais que trabalham e as crianças vem pra escola, retornam pra casa e ficam sozinhas, gente. Então, olha o perigo aí que está na mão. Olha qual o tipo de aprendizado que essa crianças vão estar tendo com o celular desbloqueado sem nenhum cuidado que os pais tomam pra colocar uma senha pra estar ali verificando. E o reflexo dessa falta de atenção está aí gente, o índice enorme de violência, de tudo que não condiz, né com aprendizado real está acontecendo aí.”
A professora Claúdia também deu dicas para os pais.
“Serem mais vigilantes, né? Se possível uma senha, algo que eles possam está controlando de onde eles estiverem, né? Não é que eles vão invadir a privacidade dos filhos, porque hoje se fala muito de não poder invadir a privacidade, mas eu creio que isso não é invadir, isso aí é deixar, é permitir que ele se quebre. Então, que eles possam ter um controle, algo que venha a fazer com que eles de onde eles estiverem, estejam observando o que os filhos pesquisam, assistem, com quem estão conversando. E dessa forma diminuir os riscos dessas crianças tão novinhas ter em mãos um celular.”
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