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Candeias: Modernização do Porto de Aratu deve ampliar capacidade de exportação

Candeias: Modernização do Porto de Aratu deve ampliar capacidade de exportação

A reforma de terminais portuários em Salvador deve trazer avanços para a logística e transporte da produção agrícola baiana, ampliando a capacidade de exportação. Na modernização do Porto de Aratu, serão investidos R$ 800 milhões.

A conclusão das melhorias está prevista para o fim deste ano, com integração de novas tecnologias nos processos dentro porto.

Esse trabalho que vem sendo feito pela empresa CS Portos no porto que fica na Baía de Todos os Santos, na capital baiana.

Para Marcos Tourinho, diretor-presidente da CS Porto Aratu, os avanços estruturais nos terminais do porto vão aumentar a capacidade de armazenamento e melhorar a infraestrutura.

“A infraestrutura da década de 70, tem mais de 50 anos, então nós estamos modernizando todos os equipamentos, descarregadores e carregadores de navios novos, guindastes, parte da esteira que liga o pier ao pátio, estamos construindo um armazém novo para armazenagem de fertilizante de 80 mil toneladas. Recuperamos e modernizamos o armazém que existia, para 100 mil toneladas”, conta o diretor-presidente.

Atualmente, dois terminais, Atu 12 e Atu 18 estão sob concessão da empresa. O primeiro é responsável principalmente pela importação de fertilizantes, enquanto o segundo exporta graneis sólidos vegetais, como soja e milho.

De acordo com o diretor-presidente da CS Portos, a reforma vai permitir que o porto amplie sua capacidade e estabeleça novas possibilidades para o agronegócio baiano, especialmente para os grãos.

Essa nossa entrada, para você ter uma ideia, a gente vai estar multiplicando a nossa produtividade de 300 toneladas por hora para 2.000 toneladas por hora. Então, a nossa capacidade hoje, que é de 2 milhões de toneladas, a gente está indo para 12 milhões, os dois terminais combinados”, disse.

Ele também acredita que deverá acontecer um equilíbrio na balança comercial. “Então você vai ter um balanceamento melhor entre importação e exportação. Hoje, 90%, 95% é importação. Você tem muito pouca exportação, mas depois, quando o 18 ficar pronto, você vai ter um balanceamento melhor. Eu acredito que vai ser aí 55% importação, 45% exportação.”, pontua.

Exportações na Bahia

Em janeiro, a Bahia liderou as exportações brasileiras do agronegócio no Nordeste do país, com um montante de US$ 521 milhões, com destaque para o complexo soja.

Além do Porto de Aratu, o Terminal Portuário Cotegipe, operado pela empresa Moinho Dias Branco, também localizado na capital, é a outra principal via de escoamento da produção agrícola baiana para o exterior.

Atualmente, são produzidos por ano cerca de 12 milhões de toneladas de grãos no estado, principalmente na região Oeste da Bahia.

Na visão da indústria, a ampliação da capacidade portuária abre uma grande vantagem do estado em relação à exportação de commodities, o estado possui uma costa propícia à atividade portuária.

Porém, investimentos nos modais rodoviários e ferroviários, responsáveis pelo transporte dos produtos até o litoral, também são necessários.

Para Carlos Danilo, responsável pelo setor de deselvolvimento industrial da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), soluções podem ser viáveis através de parcerias público-privadas.

“Você tem uma movimentação de mais de 40 milhões de toneladas por ano, de todos esses dez, doze terminais, aí a depender de como você queira classificar. Para a solução de todas as rodovias, nós pensamos aqui, temos uma agenda da indústria que a gente chama, seria a buscar por uma solução da iniciativa privada via parceria com o governo, tanto estadual quanto federal. A infraestrutura, ela é um vetor de desenvolvimento”, explica.