Em seu oitavo mês de governo, Lula alcança a aprovação de 60% dos brasileiros, aponta pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (16) (acesse a íntegra do estudo). É o maior índice alcançado pelo presidente desde que iniciou seu terceiro mandato e representa um crescimento de nove pontos percentuais em quatro meses.
Em abril, segundo o mesmo levantamento, 51% aprovavam o trabalho realizado por Lula. Em junho, esse índice cresceu para 56% e, agora, bate a marca de 60%. Ao mesmo tempo, a desaprovação foi caindo: 42% em abril, 40% em junho e 35% em agosto. Os que não sabem ou não responderam oscilaram entre 4% e 6% (veja gráfico abaixo).
Trata-se de um resultado excepcional quando se leva em conta a polarização que marcou as últimas eleições. Os 60% de aprovação significam que cada vez mais pessoas que não votaram em Lula aprovam seu governo.
Entre os eleitores que votaram em Jair Bolsonaro no segundo turno, a aprovação de Lula saltou de 14% para 25% entre abril e agosto. Já entre os que votaram branco ou nulo, o crescimento foi de 50% para 58% no mesmo período. Já no eleitorado evangélico, que majoritariamente votou em Bolsonaro, a aprovação de Lula chega a 50%, contra 46% de desaprovação.
Além disso, pela primeira vez a aprovação do presidente supera a desaprovação no Sul (59% contra 38%). Assim, Lula é aprovado pela maioria dos eleitores em todas as regiões: 72% no Nordeste, 55% no Sudeste e 52% no Centro Oeste/Norte.
Economia vai continuar melhorando para 59%
O estudo permite concluir que o índice de aprovação está relacionado com a economia. Para 34% dos entrevistados, o Brasil melhorou nesse aspecto. E um dado ainda mais relevante é o de que para 59% a economia vai continuar melhorando nos próximos 12 meses. Entre os que votaram no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o otimismo nessa área alcança 35%.
A população reconhece que o governo Lula tem adotado medidas para melhorar a situação da economia e a vida do povo. Por exemplo, o Plano Safra, de apoio à agricultura, é aprovado por 79%, e o Desenrola Brasil, de renegociação de dívidas, por 70%. Outro dado importante: o índice dos que dizem ter notado uma queda no preço dos alimentos passou de 28% para 36% entre junho e agosto.
Com isso, a avaliação do governo de uma maneira geral também melhorou. A taxa de leitores que avaliam o governo de forma positiva chega a 42% (era 36% em abril). Já o que consideram regular são 29% e os que julgam negativamente somam 24% (eram 29% em abril).
A consultoria Quaest coletou os dados da pesquisa entre 10 e 14 de agosto. A pesquisa foi encomendada pela plataforma de investimentos Genial e realizada com 2.029 entrevistas presenciais com brasileiros de 16 anos ou mais em todos os estados. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
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