A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira um novo tratamento para pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA), um dos tipos mais agressivos de câncer no sangue. O medicamento Tibsovo (ivosidenibe) poderá ser usado em pessoas que têm uma mutação no gene IDH1.
A LMA representa de 20% a 30% dos casos de leucemia no Brasil e é considerada de rápida evolução. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o país registra por ano cerca de 11,5 mil novos casos de leucemia, dos quais até 3,4 mil são de LMA.
Como o novo remédio pode ajudar
O Tibsovo já era usado para tratar um câncer raro das vias biliares, mas agora ganhou duas novas indicações:
Pode ser usado junto com outro medicamento, a azacitidina, para pacientes recém-diagnosticados com LMA e que não podem fazer quimioterapia forte. Pode ser usado sozinho, em pessoas que já tentaram outros tratamentos e não tiveram resultado.
Resultados animadores
Estudos mostraram que os pacientes que receberam o novo tratamento viveram mais tempo e tiveram mais chances de alcançar a chamada remissão completa, quando a doença praticamente desaparece.
A sobrevida dos pacientes passou de 7,9 meses para 29,3 meses em alguns casos. Quase metade dos pacientes (47%) entrou em remissão, contra apenas 15% com outros tratamentos. Muitos também deixaram de precisar de transfusões de sangue frequentes.
Mais esperança
A aprovação traz uma nova esperança para pacientes e famílias que convivem com a LMA. Além disso, reforça a importância dos exames genéticos, que ajudam os médicos a identificar mutações e escolher o tratamento mais eficaz.
“É um passo importante para ampliar as opções de quem enfrenta esse tipo de câncer tão agressivo”, destacou a Anvisa em nota.



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