O segundo dia do julgamento também foi marcado por bate-boca e acusações entre senadores favoráveis e contrários ao impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff, principalmente no período da manhã. À tarde, os atritos foram mais raros e pontuais e a sessão se concentrou nos depoimentos das testemunhas da defesa.
O primeiro bate-boca começou quando o senador petista Lindbergh Farias (RJ) pediu a palavra e disparou contra o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) que lhe antecedeu. “Esse senador que me antecedeu é um desqualificado. O que fez com senadora Gleisi é de covardia impressionante, dizer que tentou aliciar testemunha”, disse o petista.
Em seguida, foi a vez do presidente do senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O peemedebista começou pedindo para que os senadores reduzam as questões de ordem repetidas, mas esquentou o clima ao lembrar da declaração de ontem, feita pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) que provocou o primeiro grande tumulto do dia.
Uma das testemunhas de defesa, a ex-secretária de Orçamento Esther Dweck, foi dispensada pela defesa, após polêmica em torno da suspeição do procurador Júlio Marcelo, que, logo no primeiro dia, de testemunha, depôs como informante, depois que o advogado de defesa, José Eduardo Cardozo questionou a participação de Júlio Marcelo em uma manifestação pela rejeição das contas de Dilma.
A advogada de acusação, Janaína Paschoal, que também é uma das autoras da denúncia que motivou o processo contra Dilma Rousseff, colocou em suspeição a ex-secretária de Orçamento sob o argumento de que a mesma foi nomeada assessora “por uma parlamentar que é uma das mais ferrenhas defensoras de Dilma”, no caso, a senadora Gleisi Hoffmann.
Para sábado
Os depoimentos das duas últimas testemunhas: o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa e o professor direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) Ricardo Lodi Ribeiro terão início às 10h deste sábado (27). O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que preside o processo, acatou pedido de senadores contrários ao impeachment e aceitou o horário com a condição de que não haja pausa nos depoimentos para almoço, como ocorreu nos dias anteriores.
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