Na Alemanha, ter um cachorro envolve custos que vão além da alimentação e cuidados veterinários, incluindo um imposto anual. Em Berlim, esse valor é de € 120 (R$ 740) por animal, com um acréscimo de € 180 (R$ 1.100) para um segundo cachorro. Raças consideradas perigosas têm taxas ainda mais elevadas. Em 2023, a arrecadação com essa tributação atingiu € 421 milhões (R$ 2,6 bilhões), com projeções que podem chegar a meio bilhão neste ano, refletindo um crescimento de mais de 40% na última década.
A tributação é justificada pela saúde pública e visa um controle rigoroso sobre a posse de cães. Em Berlim, todos os animais devem ser identificados por um chip, e o registro online custa € 17,50 (R$ 108). A falta de registro pode resultar em multas de até € 10 mil (R$ 62 mil). Essa abordagem tem contribuído para a redução de cães abandonados na cidade, além de facilitar a fiscalização de normas como a obrigatoriedade de recolher fezes durante passeios, com multas que variam de € 35 a € 250 (de R$ 216 a R$ 1.500).
Os proprietários de cães também devem passar por cursos de treinamento para andar com os animais sem guia. Algumas cidades oferecem descontos no imposto para aqueles que buscam essa formação. Em Hamburgo, a taxa básica é de € 90 (R$ 550), mas para raças perigosas, o valor pode subir para € 600 (R$ 3.700). Além disso, a contratação de seguros para cobrir danos causados pelos cães é obrigatória.
Em Berlim, a presença de cães é notável em diversos ambientes, como parques, shoppings e restaurantes, onde são bem recebidos. Enquanto os cães são tributados, os gatos não enfrentam essa cobrança, refletindo uma diferença na cultura de posse de animais de estimação na Alemanha. A professora universitária Babbete T. destaca a importância da estrutura oferecida pela cidade para a convivência com os animais, justificando a tributação como uma forma de compartilhar os custos envolvidos.
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