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A Educação transforma! Filha de vendedora ambulante passa em medicina na Uerj e reação da mãe viraliza nas redes sociais

A história de uma família do Rio de Janeiro tomou as redes sociais nesta sexta-feira (17). Ana Beatriz Bezerra, de 23 anos, passou em 8º lugar para o curso de medicina da Universidade do Estado do Rio (Uerj).

Além da conquista, outra cena chamou atenção: a de Ana contando para a mãe que havia alcançado a tão sonhada vaga na universidade. A mulher, que vende lanches nas ruas da capital fluminense, se emociona e tem dificuldades de acreditar na notícia. Ainda terminando de empurrar o carrinho, voltando de um dia de trabalho, ela abraça a filha e parabeniza Ana Beatriz.

 

Ana se formou no ensino médio em 2019. Ela vinha estudando em cursinhos e fazendo o vestibular há cinco anos. Em 2023, não conseguiu passar por apenas quatro pontos. No ano passado, a distância ficou menor: um ponto e meio. Ela diz que pensou em desistir em vários momentos, mas que a mãe e a irmã foram as maiores incentivadoras.
“Minha mãe e minha irmã foram as principais motivadoras de todos esses anos. Também os resultados, eu estava aumentando, eu estava evoluindo e eu falei: ‘gente, eu não vou desistir agora’. Em 2023, eu fiquei a quatro pontos para a [classificação na] UERJ. Em 2024, eu fiquei por 1,5 ponto e eu falei que eu não ia desistir, mas eu estava muito, muito esgotada. Ano passado, eu só consegui voltar a estudar em maio porque minha saúde mental estava indo pelo ralo”, contou, nas redes sociais.

Ana disse que já imaginava ter conseguido a vaga, pelo resultado da nota que saiu em dezembro, mas que, só agora, com a confirmação oficial da lista de convocação, a ficha está caindo.

“Eu tô muito feliz. A UERJ liberou as notas finais de dezembro, então eu já tinha mais ou menos uma noção de que eu ia passar, mas eu não tinha certeza, a gente nunca tem certeza. E a minha mãe também tinha um pouco dessa noção, só que ela só foi chorar quando ela começou a ver a reação da minha prima, da minha madrinha, aí ela começou a chorar. Eu ainda não acredito. Eu tô em choque ainda. Eu acho que a minha ficha só vai cair, que eu passei, quando vou fazer a pré-matrícula, porque na UERJ você primeiro faz a pré-matrícula, e aí depois, no final de fevereiro, vai ter a matrícula, ou na cerimônia do jaleco. Mas, a sensação de passar em oitavo lugar, depois de ter batido na trave dois anos seguidos, é indescritível”, afirma.

Nas redes sociais, Ana contou que a rotina dela incluía até 12 horas de estudo diariamente – das 7h às 19h.
CNN Brasil