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“Quando o silêncio fala mais alto: a omissão dos políticos diante da tarifa de Trump”

A política brasileira vive, mais uma vez, um momento revelador — não pela ação, mas pela omissão. A recente decisão dos Estados Unidos de impor tarifas de 50% sobre a importação de aço e alumínio brasileiros, sem justificativa técnica ou econômica plausível, escancara um cenário preocupante: a falta de reação contundente por parte dos políticos do centrão e da direita, que se dizem patriotas, mas que se calam diante de um ataque direto à nossa economia.

Trata-se de uma tarifa com motivações claramente políticas. Não há embasamento comercial sólido que justifique tamanha penalização aos produtos brasileiros, sobretudo em um momento em que o Brasil tenta recuperar empregos e manter sua indústria viva. No entanto, o que deveria gerar indignação coletiva por parte dos nossos representantes, resulta em um silêncio ensurdecedor.

Curiosamente, esses mesmos políticos — agora escondidos nas sombras — foram extremamente ativos nas redes sociais quando o debate girava em torno da taxação dos super ricos. Fizeram campanha, usaram frases de efeito, se posicionaram de forma teatral — tudo para agradar suas bases eleitorais e seus financiadores. Mas quando o interesse em jogo é nacional e envolve enfrentar uma figura poderosa como Donald Trump, a coragem some.

O Congresso, mais uma vez, parece disposto a lavar as mãos. Vai se calar frente a uma medida que ameaça diretamente empregos da indústria nacional? Vai ignorar os prejuízos que essa tarifa trará para milhares de famílias brasileiras?

É preciso dizer com todas as letras: a omissão do centrão e da direita não é desatenção — é cálculo. Estão mais preocupados com as urnas de 2026 do que com o bem-estar do país. Enfrentar Trump agora pode custar votos no futuro, especialmente entre os setores mais conservadores do eleitorado, e isso eles não estão dispostos a arriscar.

O momento exige coragem e patriotismo verdadeiro, não frases prontas em vídeos no Instagram. Se a defesa dos interesses nacionais continuar sendo pautada pela conveniência eleitoral, o Brasil seguirá refém de uma classe política que prioriza o próprio futuro em detrimento do futuro da nação.