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Governo Lula anuncia medidas para fortalecer a indústria naval

Governo Lula anuncia medidas para fortalecer a indústria naval

Segunda licitação do Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras vai triplicar capacidade de transporte de gás liquefeito de petróleo

Ricardo Stuckert

Estímulo à indústria naval e offshore é uma das prioridades do governo Lula e um compromisso da Petrobras

O governo federal anunciou, nesta segunda-feira (17), novas medidas para fortalecer a indústria naval do país. O presidente Lula visitou o Terminal da Transpetro em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e participou do evento de lançamento da segunda licitação do Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras. Também foram assinados protocolos de intenções para o reaproveitamento de plataformas em fase de desmobilização.

Ao lado de membros do governo, Lula defendeu a Petrobras e teceu duras críticas à Operação Lava Jato, acusando-a de tentar destruir a companhia. “Depois de muita gente perceber que o povo brasileiro tinha um carinho muito grande pela Petrobras, eles tomaram uma decisão de começar a fatiar a Petrobras para ir privatizando pedaços da Petrobras”, condenou o petista.

“Mais recentemente, depois de muita dificuldade de tentar privatizar a Petrobras, eles resolveram dizer que todo mundo que defendia a Petrobras era ladrão. E resolveram transformar a Lava Jato em uma espécie de ‘caça-níquel’ contra os trabalhadores da Petrobras e contra todos nesse país que defendiam a Petrobras”, lamentou Lula.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), acompanhou o presidente na visita ao Terminal da Transpetro e publicou uma foto nas redes sociais.

“Vamos retomar a construção de plataformas, navios, com conteúdo nacional e a geração de milhares de empregos aqui no Brasil. Estima-se a criação de 67 mil empregos até o final de 2026, no Rio de Janeiro e Espírito Santo. Esse é o Brasil de Lula, Soberano e forte. Viva a Petrobras. Viva o Brasil!”, exaltou o parlamentar.

 

A volta da indústria naval

O estímulo à indústria naval e offshore é uma das prioridades do governo federal e um compromisso da Petrobras. O objetivo da orientação estratégica é atrair investimentos, consolidar a cadeia produtiva do Brasil e abrir novos postos de emprego.

A segunda licitação do Programa de Renovação e Ampliação da Frota vai triplicar a capacidade da Transpetro de transportar gás liquefeito de petróleo (GLP), o essencial gás de cozinha. As empresas interessadas dispõem de 90 dias para apresentar as propostas. Formalizado o contrato, o cronograma prevê o lançamento do primeiro navio em até 30 meses.

Como a Petrobras planeja desmobilizar 10 plataformas nos próximos quatro anos, o governo firmou ainda protocolos de intenções para que essas estruturas sejam reutilizadas, reduzindo custos e promovendo práticas de sustentabilidade.

Mais empregos

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, elogiou a iniciativa do governo de fomentar a indústria naval por meio da Petrobras e lembrou como o presidente Lula começou a restaurar o setor a partir de 2003, quando assumiu o cargo pela primeira vez.

“Naquele momento, a indústria era cinzas no país, não existia indústria naval no Brasil, porque ela foi destruída. E o presidente Lula disse: ‘nós vamos reconstruir não somente a indústria naval, construir empregos de qualidade, recuperar e construir nosso país’. De lá para cá, presidente, 2003 até 2014, foi um crescimento contínuo do número de empregos na indústria naval”, disse.

Já a presidenta da Petrobras, Magda Chambriard, argumentou que a nova licitação deixará o Brasil menos exposto aos afretamentos.

“A expectativa é que essas iniciativas impulsionem a geração de empregos e ampliem a participação da indústria brasileira no setor naval e offshore. A contratação dos gaseiros está em linha com os esforços para renovação e ampliação da frota da Transpetro e com o aumento gradativo da produção de gás natural”, esclareceu.

Legado de destruição

A Lava Jato e o golpe de 2016 foram devastadores para a indústria naval brasileira. As demissões começaram em 2014, ano em que a demanda por petróleo estava em alta, e atingiram cerca de 50 mil trabalhadores, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval (Sinaval).

O Rio de Janeiro foi um dos estados mais afetados pela sanha persecutória lavajatista, muito por conta da dependência em relação à cadeia do petróleo. No país inteiro, paralisaram-se ao menos cinco estaleiros: Eisa, Enseada, Vard, Promar e Aliança.

Da Redação, com Site do Planalto e GGN

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