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Inflação na Região Metropolitana de Salvador atinge a mínima em seis anos

Quem mora na Região Metropolitana de Salvador (RMS) percebeu que o orçamento ficou menos apertado no último mês. Isso porque, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã de ontem (10), o Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) e o índice registrado na RMS no mês de março foi de 0,16%. O mais baixo registrado em março desde o ano de 2018.

O IPCA da Região Metropolitana de Salvador, no mês passado, permaneceu em linha com o índice nacional (0,16%), posicionando-se na décima colocação entre os 16 locais pesquisados separadamente pelo IBGE. Apenas a Região Metropolitana de Porto Alegre apresentou deflação no mesmo período (-0,13%).

Os dados revelaram que a inflação de março na RMS foi impulsionada principalmente por aumentos em seis dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA. Entre esses grupos, medicamentos em geral (1,93%), saúde e cuidados pessoais (0,97%) e planos de saúde (0,78%) foram os principais responsáveis pelo aumento do índice.

Apesar da diminuição em relação ao mês de fevereiro, o grupo de alimentos e bebidas também contribuiu para a inflação de março na região. O destaque vai para o aumento dos preços dos alimentos consumidos fora da residência (0,84%). Em especial, as refeições fora de casa como almoço ou jantar (0,62%).

Muitos alimentos adquiridos no consumo diário doméstico também tiveram alta nos preços como o tomate (17,02%), a banana-prata (8,04%) e a cebola (7,84%). Dos dez produtos ou serviços com os maiores aumentos de preços em março na RMS, oito foram alimentos, com a alta no preço do tomate chamando mais atenção.

A supervisora de Disseminação de Informações do IBGE, Mariana Viveiros, explicou um pouco desse recuo da inflação no mês. “Em março temos um fator que é importante, o fim da influência do grupo sazonal educação que o IBGE capta em fevereiro. Quando esse grupo sai no mês de março, a gente já tem um pouco de devolução, podemos dizer assim, da taxa. Mas além desta questão, tivemos seis dos nove grupos do IPCA desacelerando. Significa que as coisas têm aumentado menos. Inclusive a alimentação, que vem sendo uma pressão inflacionária neste ano, mas muito diferente do que foi no segundo semestre de 2021. Então, os alimentos são muito pesados ainda, para a inflação. A saúde também foi um ponto fora da curva, pois foi um dos grupos que também puxaram. O aumento dos medicamentos e os planos de saúde vêm sendo uma das principais pressões inflacionarias. Mas de modo geral, temos uma inflação neste início de ano muito menor do que tivemos nos últimos anos”, pontuou a supervisora.

A representante do IBGE também destacou que a alimentação fora do domicílio, como em bares, restaurante e lanchonetes também voltou a pressionar a inflação. Devido a esse setor ter sido afetado durante a pandemia, desde sua retomada, já no ano passado, ele vem mostrando indicadores de pressionar a inflação e salientou que ele envolve não só a alimentação, mas tem a mão de obra, o custo de aluguel, gás. Todos esses itens contribuem para o índice do setor.

Em relação se há uma tendência de desaceleração da inflação, a supervisora afirmou que a inflação é algo muito difícil de prever, devido à existência de alguns aumentos pré-fixados, muitas vezes, por conta do governo e exemplificou que alimentos, as condições climáticas fazem variar os índices. Então é preciso aguardar as possíveis mudanças para saber como a inflação ficará no próximo mês.

 

 

 

 

Tribuna da Bahia