A Argentina, o país de crise económica perpétua, abraçou a extrema direita como uma tábua de salvação. Javier Milei venceu o segundo turno deste domingo com 55,95% dos votos e será presidente a partir do próximo dia 10 de dezembro.
O escrutínio provisório, publicado quase uma hora antes do previsto, deu-lhe vitória com 55,95% sobre os 44,04% do peronista Sergio Massa.
Um país exausto e furioso disse não nas urnas a Massa, o atual ministro da Economia, que prometeu governar apelando à oposição para enterrar a discórdia que governa a política há quase duas décadas. Não foi suficiente. O país deu uma guinada inédita no ano que comemora 40 anos de democracia e agora enfrenta o desconhecido, pegando uma onda que Donald Trump nos Estados Unidos e Jair Bolsonaro no Brasil já percorreram.
Milei, um autoproclamado economista acadêmico que se destacou como apresentador de talk show de televisão, deu dois enormes saltos nos últimos anos: em novembro de 2021 chegou ao Congresso com uma força residual de apenas cinco cadeiras, e neste domingo tornou-se presidente.
O apoio que recebeu do ex-presidente liberal Mauricio Macri (2015-2019) foi fundamental para sua vitória. Macri ficou de fora da disputa após a derrota de sua rival, Patricia Bullrich, no primeiro turno eleitoral realizado em 22 de outubro, mas demorou horas para apoiar abertamente o candidato de extrema direita e assim dar-lhe um verniz democrático que, finalmente, foi suficiente para convencer os indecisos.
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