O candidato à Presidência pelo PDT nas eleições 2018, Ciro Gomes, saiu em defesa do presidente do partido, Carlos Lupi, em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, nesta segunda-feira, 27. Questionado sobre a coerência de seu discurso anticorrupção com sua confiança a Lupi, réu em ação por improbidade administrativa na Justiça Federal do Distrito Federal, ele afirmou que o dirigente tem sua “confiança cega”.
“Ainda não escolhi ninguém como ministro. Mas eu tenho convicção de que ele é um homem de bem”, disse Ciro, contestando a informação de que Lupi é réu. “Ele não é réu. A informação que eu tenho é de que ele não responde a inquérito nenhum. Não ofereci nada a ninguém. Mas ele tem minha confiança cega.”
Ainda sobre seu discurso anticorrupção, desta vez comparado aos ataques à equipe do governo de Michel Temer (MDB), Ciro disse que “os valores que defende são os mesmos. Temer foi acusado pela Procuradoria Geral da República e pelo Supremo. É acusado formalmente pela PGR por corrupção. Temer tem ao seu lado Cunha e Geddel, presos, e Padilha e Moreira Franco, todos notórios corruptos da vida brasileira.
Carlos Lupi é réu por ter avião fretado pago por dirigente de ONG
Personagem de um bate boca transmitido ao vivo na TV entre o candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, e o apresentador do Jornal Nacional William Bonner durante a entrevista há pouco, o presidente nacional do partido, ex-ministro Carlos Lupi, é réu em ação por improbidade administrativa na Justiça Federal do Distrito Federal.
Durante a entrevista, Ciro se disse surpreendido com a informação e firmou posição de que confia cegamente em Lupi. “Ele não é réu”, disse. Bonner rebateu: “Estou lhe dizendo que ele é réu”. Ciro manteve a posição, dizendo que Lupi é uma pessoa de bem, embora o aliado responda sim na Justiça.
A ação civil de improbidade administrativa contra Lupi corre na 6ª Vara de Brasília. A juíza responsável é Ivani Silva da Luz. A acusação foi oferecida em 2012 e aceita em 2015. O caso remonta à gestão de Lupi no Ministério do Trabalho e Emprego, no primeiro governo Dilma Rousseff.
Constam como corréus de Lupi o atual deputado federal Weverton Rocha (PDT-MA), então assessor de Lupi no gabinete, o então secretário de políticas públicas de emprego Ezequiel Sousa do Nascimento, também do PDT, e Adair Antônio de Freitas Meira, dirigente da Fundação Pró Cerrado e da Rede Nacional de Aprendizagem Promoção Social e Integração (Renapsi), além das próprias entidades.
Meira e as entidades tinham vínculos com o ministério para recebimento de verba e fretaram um avião para que Lupi e os demais pedetistas percorressem, em dezembro de 2009, sete cidades no Maranhão, em agenda oficial do governo. O custo do tour foi de R$ 30 mil. Eles são acusados de ter recebido vantagem indevida – a passagem paga por terceiros, em vez de custeadas pela União.
O Ministério Público Federal afirmou que o pagamento ocorreu em troca de benefícios em contratos na pasta. Os acusados negaram ter praticado ato de improbidade administrativa. O processo ainda está em fase de produção de provas, sem prazo para julgamento final.
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