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500 pessoas morreram em ataque contra hospital em Gaza

Um suposto ataque aéreo de Israel a um hospital na Faixa de Gaza matou ao menos 500 pessoas, segundo um porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo islâmico Hamas.

Por outro lado, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, negou que o ataque tenha partido de Israel.

“Uma análise dos sistemas operacionais das IDF (Forças de Defesa de Israel) indica que uma barragem de foguetes foi disparada por terroristas em Gaza, passando nas proximidades do hospital Al Ahli em Gaza no momento em que foi atingido”, escreveu Netanyahu no X (antigo Twitter).

“Múltiplas fontes que temos em mãos indicam que a Jihad Islâmica é responsável pelo lançamento fracassado do foguete que atingiu o hospital em Gaza”, publicou o primeiro-ministro israelense.

O grupo Jihad Islâmica é aliado do Hamas na Faixa de Gaza. O grupo negou ter participação no ataque.

 Até o início da tarde desta terça-feira, pelo menos 4,2 mil pessoas foram mortas em ataques das forças de Israel em Gaza.

Imagens do hospital Al Ahli Arab mostram cenas de caos – com vítimas ensanguentadas e mutiladas sendo levadas às pressas em macas.

Corpos e veículos destruídos podem ser vistos nos escombros espalhados pela rua.

Vídeos compartilhados pela internet, ainda não confirmados pela BBC, mostram uma grande explosão pouco antes.

Centenas de pessoas feridas estavam abrigadas em um corredor nas dependências do hospital, segundo moradores da região.

Autoridades da defesa civil dizem que a explosão foi resultado de um ataque aéreo israelense e que centenas de pessoas estão presas nos escombros.

O gabinete de comunicação social do governo do Hamas em Gaza classificou o ataque ao hospital como um “crime de guerra”.

“O hospital atendia centenas de doentes e feridos, e pessoas deslocadas à força das suas casas”, afirmou o Hamas.

O comunicado diz que “centenas de vítimas ainda estão sob os escombros”.

Homem sendo carregado em maca

CRÉDITO,REUTERS

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que “condena veementemente” o ataque ao Hospital Al Ahli Arab.

Ele disse que os primeiros relatórios indicam centenas de mortos e feridos no local.

“Pedimos a proteção imediata dos civis e dos cuidados de saúde, e que as ordens de evacuação sejam revertidas”, postou ele no X.

O hospital Al Ahli Arab é financiado pela Igreja Anglicana, e Richard Sewell, reitor do St George’s College – uma das principais figuras da igreja em Jerusalém – postou nas redes sociais que o hospital foi “atingido diretamente por um ataque israelense”. míssil”.

Ele afirmou que centenas de mulheres e crianças foram mortas, e chamou o ato de “assassinato deliberado de civis vulneráveis”.

“As bombas devem parar agora. Não pode haver nenhuma justificativa possível para isso”, disse Sewell.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) comentou o caso em comunicado. A entidade disse estar “chocada e horrorizada” com os relatos da explosão.

“Os hospitais deveriam ser santuários para preservar a vida humana, e não cenas de morte e destruição”, afirmou a Cruz Vermelha.

“Nenhum paciente deveria ser morto em uma cama de hospital. Nenhum médico deveria perder a vida enquanto tentava salvar outras pessoas. Os hospitais devem ser protegidos pelo direito humanitário internacional”, complementou a instituição.