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Conselho de Juventude do Estado promove debate sobre cultura em comunidade de Salvador

Um bate-papo descontraído sobre cultura, promovido pelo Conselho Estadual de Juventude (Cejuve), com o apoio da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), atraiu jovens de diversos bairros de Salvador, nesta terça-feira (5). A atividade também contou com várias apresentações artísticas que movimentaram o Centro Cultural de Alagados, localizado no bairro do Uruguai, região da Península Itapagipe de Salvador.
O encontro de jovens, intitulado Cejuve nas Comunidades, foi proposto para debater, defender e reafirmar a cultura como plataforma de transformação social na vida de meninos e meninas de comunidades periféricas da capital.
“Esta é a primeira edição da atual gestão do Conselho. Nosso objetivo é nos aproximarmos da juventude da periferia que faz e potencializa a arte dentro de espaços democráticos na cidade”, afirmou Ronald Castro, presidente da Comissão de Cultura do Cejuve. “A gente quer escutar essa galera para debater o que é cultura, onde ela nasce, como nasce e porque precisamos mantê-la viva e resistente, e isso só fazemos quando trazemos o poder público para dentro da realidade dessas pessoas”, completou Vanúbia Pereira, representante da Coordenação de Políticas para a Juventude/SJDHDS.
Durante as apresentações de dança (Cia da Mata Escura), música (Banda Tambores e Cores do Pelourinho) e poesias (Grupo Sem Limites e Militância Poética do Arenoso), a juventude contava um pouco da sua trajetória de vida, de como enxergava a sua comunidade e como a arte a ajudou a descobrir sua identidade. “Foi na poesia que me assumi como mulher negra. Foi nela que descobri que onde nasci tem cor, luta, juventude e força. Que eu posso, mereço e preciso ocupar espaços na sociedade e ser a voz de muitos que nasceram e moram no mesmo lugar que eu”, declarou Taciane Rodrigues, integrante do grupo sem Limites.
“Enquanto jovens e negros precisamos defender o que gostamos e acreditamos. Essa defesa, muitas vezes, já começa em casa, quando nossos pais desejam que sigamos carreiras tradicionais, como medicina e direito, por exemplo. E, é neste momento, que começamos a evidenciar que a cultura é também uma oportunidade de carreira, além de ser o maior instrumento de empedramento para quem vive nas comunidades periféricas”, endossou Larissa Oliveira, dançarina do Malê Debalê.
O encontro cultural ainda permitiu que os jovens conhecessem o ID Jovem, documento que garante à meia entrada em eventos culturais e esportivos, além da garantia de duas vagas gratuitas e duas com desconto de 50% em ônibus de viagem interestaduais para os jovens de 15 a 29 anos.